A relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, parece ter chegado a um ponto de ruptura. A mais recente pesquisa presidencial encomendada pelo Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro, escancarou a rejeição ao mineiro ao simplesmente ignorar seu nome entre os possíveis candidatos à Presidência em 2026. A exclusão, longe de ser um detalhe técnico, é vista como um sinal claro de que o ex-presidente não pretende oferecer qualquer tipo de apoio ao projeto político de Zema.
Enquanto outros governadores e nomes do campo da direita foram incluídos no levantamento feito pela Paraná Pesquisas, a ausência de Zema revela o isolamento do governador dentro do grupo bolsonarista, que tem se articulado com cada vez mais clareza em torno de seus aliados mais fiéis. O recado é direto: Zema não faz parte dos planos.
Além da rejeição simbólica por parte de Bolsonaro, o governador também tem enfrentado desgaste crescente em sua gestão. Tem sido acusado de negligenciar os problemas do estado para concentrar esforços em ataques ao presidente Lula, o que tem gerado críticas inclusive dentro de setores que antes o apoiavam. Soma-se a isso o aumento de quase 300% do próprio salário, medida que gerou forte reação negativa entre a população.
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Outra decisão polêmica foi a sanção de uma lei que permite reajustes de até 266% nas taxas dos cartórios mineiros, atingindo em cheio o bolso da população e provocando mais uma onda de insatisfação.
Com esses elementos, o cenário atual indica que Zema está cada vez mais isolado e distante de qualquer protagonismo nacional, especialmente no campo da direita, onde Bolsonaro parece disposto a vetá-lo de forma definitiva.