Um homem acusado de assassinar o próprio pai e atear fogo no corpo da vítima foi absolvido das acusações mais graves após um júri popular realizado em Pouso Alegre, no Sul de Minas. O julgamento, que durou cerca de 10 horas, resultou na absolvição do réu de três das quatro acusações: homicídio qualificado, destruição de cadáver e fraude processual. O crime ocorreu em agosto do ano passado, no bairro São Cristóvão.
A defesa do acusado argumentou durante o julgamento que, embora ele estivesse presente no local com dois adolescentes no momento do crime, não havia provas suficientes para incriminá-lo diretamente pela morte do pai. Essa tese foi aceita pelos jurados. A defesa também apresentou imagens de câmeras de segurança para sustentar o argumento de que o réu teria deixado o local antes que o corpo fosse incinerado e que a cena do crime fosse limpa.
Apesar da absolvição das acusações de maior gravidade, o homem foi condenado por corrupção de menores, recebendo uma pena de dois anos de prisão. No entanto, como ele já havia cumprido um ano em prisão preventiva desde a data do crime, o restante da pena será cumprido em regime aberto. Os bombeiros encontraram o corpo da vítima embaixo de um sofá em chamas enquanto atendiam a um chamado de incêndio na residência. A polícia, que foi acionada posteriormente, recebeu o relato de que a morte teria sido resultado de uma briga entre a vítima e um dos adolescentes, com o outro adolescente desferindo os golpes de faca. Os menores foram apreendidos na época dos fatos.
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