Uma nova pesquisa de opinião, realizada entre os dias 12 e 13 de junho, revela um cenário de acentuada deterioração na imagem do governo Lula. De acordo com o levantamento conduzido pela Futura Inteligência em parceria com a Apex Partners, a gestão federal possui uma aprovação de apenas 23,9% dos entrevistados. Em contrapartida, o índice de reprovação é significativamente maior, com mais de 47% dos brasileiros classificando o governo como "ruim" ou "péssimo", sinalizando um colapso na credibilidade e um aumento do descontentamento popular.
Os números refletem uma crescente distância entre as promessas de campanha e a percepção da realidade por parte da população. Fatores econômicos, como a inflação sentida no preço dos alimentos e a preocupação com uma recessão técnica, somam-se a um ambiente político conturbado. A dificuldade de articulação com o Congresso Nacional e o foco em pautas consideradas polêmicas, como a regulação das redes sociais, têm alimentado a percepção de que a administração se distancia dos problemas mais urgentes do cidadão comum.
O desgaste da imagem governamental também é impulsionado por escândalos recentes que vieram a público. A suspeita de fraudes em empréstimos consignados do INSS, envolvendo entidades ligadas à base do governo, afetou diretamente a confiança de um dos setores mais vulneráveis da sociedade, os aposentados. Este episódio, em particular, reforçou críticas sobre a repetição de velhas práticas políticas e minou o discurso de renovação e proteção social.
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Diante deste quadro de erosão da confiança, a gestão enfrenta um de seus momentos mais delicados. A baixa popularidade não apenas dificulta a governabilidade e a aprovação de projetos de interesse do Executivo, mas também evidencia uma desconexão com as expectativas da sociedade. O desafio para o governo agora é reverter a tendência de descrédito e responder de forma eficaz a uma população que se mostra cada vez mais desiludida e crítica em relação aos rumos do país.
