Uma mulher de 35 anos foi indiciada nesta terça-feira (1) pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A acusação surge após a mulher dar à luz em casa e, posteriormente, descartar o recém-nascido no lixo, em Belo Horizonte. A suspeita foi submetida a um laudo psiquiátrico, que indicou a presença de um transtorno de personalidade esquizoide. Esse diagnóstico pode influenciar a avaliação de sua responsabilidade penal no caso.
Conforme informações da delegada Ariadne Elloise Coelho, responsável pela Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) de Venda Nova, o trágico evento ocorreu em 25 de maio. Após o parto, a mulher teria agido de forma a separar o cordão umbilical, envolver o bebê em uma manta e, em seguida, colocá-lo em um saco de lixo. O corpo da criança permaneceu nesse local por dois dias antes de ser descartado.
O corpo do recém-nascido foi descoberto por um gari quatro dias após o descarte. As investigações realizadas pela Polícia Civil confirmaram que a mulher atuou sozinha e que a gestação estava no terceiro trimestre. O laudo realizado no Instituto Médico-Legal (IML) foi crucial para identificar o transtorno de personalidade esquizoide e concluiu pela semi-imputabilidade, sugerindo que a suspeita apresentava uma perturbação de saúde mental no momento do crime. Apesar da gravidade do ocorrido, a investigada não possuía antecedentes criminais e é mãe de um menino de 7 anos, que é descrito como bem cuidado. O inquérito foi agora encaminhado ao Ministério Público e ao Judiciário, que analisarão as medidas propostas, incluindo recolhimento domiciliar e tratamento psiquiátrico obrigatório para a mulher.
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