Executivos da Âmbar Energia, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, tiveram reuniões secretas no Ministério de Minas e Energia antes de uma medida provisória que beneficiou a companhia. A decisão do governo vai fazer todos os brasileiros, especialmente os mais pobres, pagarem mais caro pela conta de luz para cobrir a dívida da empresa dos Batista.
O ministro Alexandre Silveira e outros funcionários do ministério encontraram-se várias vezes com representantes da Âmbar, mas não divulgaram o que foi discutido. A medida provisória assinada pelo presidente Lula, que entrou em vigor logo após essas reuniões, destina recursos para a Amazonas Energia, o que na prática cobre despesas da Âmbar, que comprou termelétricas da Eletrobras.
Os encontros não foram registrados oficialmente, e a falta de transparência levantou suspeitas e críticas, especialmente no Congresso. Enquanto o governo e a Âmbar alegam que não discutiram a medida provisória nas reuniões, a proximidade das negociações levantou dúvidas sobre a real intenção por trás dessa manobra.
O governo argumenta que a medida era necessária para garantir a operação da Amazonas Energia, mas essa decisão acabou transferindo o custo para os consumidores, afetando diretamente o bolso dos mais pobres.
Agora, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi acionada para investigar o caso, enquanto a população enfrenta contas de luz mais altas para sustentar os interesses de uma grande empresa privada.