Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, foram novamente convocados pela Polícia Federal (PF) para prestar depoimentos no âmbito das investigações relacionadas às joias sauditas recebidas pelo governo brasileiro durante a gestão Bolsonaro. A suspeita é de que essas joias tenham sido incorporadas como patrimônio pessoal, o que contraria a legislação vigente.
Os novos depoimentos estão marcados para a próxima semana e surgem como um desdobramento das investigações intensificadas pela PF nos últimos meses. A motivação para essas novas oitivas foi a descoberta de uma joia saudita durante uma investigação realizada por uma equipe da PF nos Estados Unidos, em parceria com o FBI. As autoridades estão averiguando se esse item foi desviado do acervo da Presidência da República e comercializado nos EUA por aliados do ex-presidente.
Tanto Mauro Cid quanto seu pai já haviam prestado depoimentos anteriormente. Mauro Cid foi um dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro, atuando diretamente no Palácio do Planalto e participando de reuniões estratégicas. O general Mauro Lourena Cid, por sua vez, tem uma carreira significativa nas Forças Armadas e manteve uma relação próxima com o governo anterior.
A investigação das joias sauditas tem sido um ponto de grande interesse público, refletindo a complexidade das relações entre o governo brasileiro e a Arábia Saudita durante a gestão Bolsonaro e levantando questões sobre a gestão de presentes e patrimônio público.