O ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Muriaé, Carlos Delfim Soares Ribeiro, foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado, juntamente com sua esposa e um assessor, por lavagem de dinheiro e associação criminosa. A sentença é resultado da Operação 'Catarse', iniciada em novembro de 2021 pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Os condenados foram acusados de utilizar veículos, maquinários e outros bens em nome de terceiros, além de empresas em nome de 'laranjas', para ocultar patrimônio oriundo de crimes de corrupção, concussão e peculato. Em um processo anterior, Carlos Delfim já havia sido condenado por corrupção e 24 crimes de concussão. Ele também responde por 178 peculatos e dois casos de lavagem de dinheiro.
A Operação 'Catarse' teve cinco fases, cada uma aprofundando as investigações sobre corrupção e crimes contra o patrimônio público. O ex-vereador chegou a ser preso em Uberlândia por quase dois meses, sendo liberado com uso de tornozeleira eletrônica em junho de 2023.
A Câmara de Muriaé afirmou que o processo diz respeito exclusivamente ao mandato do ex-vereador e que sempre colaborou com as investigações. A defesa do político não foi localizada para comentar a sentença.
A Operação 'Catarse' revelou danos superiores a R$ 12 milhões ao patrimônio público na Zona da Mata, destacando a complexidade e a gravidade dos crimes investigados.