O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu nesta segunda-feira (15) retirar o sigilo de uma gravação que envolve um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Esse esquema teria ocorrido durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Moraes autorizou que advogados de defesa tenham acesso aos autos da petição, que investiga o monitoramento ilegal de pessoas e autoridades públicas. Ele também determinou a retirada do sigilo de informações fornecidas pela Polícia Federal (PF) e da gravação realizada.
Segundo o ministro, a divulgação parcial dos documentos ou da gravação poderia prejudicar a correta informação da sociedade. Agora, os advogados poderão acessar todos os documentos que forem adicionados ao processo.
Na última quinta-feira (15), a PF realizou a 4ª fase da Operação Última Milha, visando desarticular uma organização suspeita de monitorar autoridades públicas usando sistemas da Abin. Foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em Brasília-DF, Curitiba-PR, Juiz de Fora-MG, Salvador-BA e São Paulo-SP.
Entre as pessoas monitoradas estão ministros do STF, deputados federais, senadores, jornalistas e funcionários do Ibama e da Receita Federal.