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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou sobre a possibilidade de um "banho de sangue" e uma "guerra civil" caso não seja reeleito nas próximas eleições, marcadas para o dia 28 de julho. Em busca de um terceiro mandato, Maduro destacou que apenas sua vitória poderá garantir a paz no país, afirmando que "quanto mais contundente for a [nossa] vitória, mais garantias de paz vamos ter."
Durante um discurso no bairro de La Vega, em Caracas, na quarta-feira (17), Maduro reforçou que o resultado das eleições é crucial para evitar conflitos. Ele já havia feito declarações semelhantes na semana anterior, destacando que o país escolherá entre "guerra e paz" nas próximas eleições.
A oposição, por sua vez, denuncia uma escalada repressiva. María Corina Machado, que foi impedida de concorrer à presidência, acusou Maduro de intensificar a violência e a repressão contra aqueles que trabalham na campanha eleitoral. Na quarta-feira (17), Milciades Ávila, chefe de segurança de Machado, foi preso em um ato que o movimento Vente Venezuela considerou uma "violação de todos os procedimentos legais".
Além disso, a ONG Acesso à Justiça informou que, nos últimos seis meses, 46 pessoas ligadas à oposição foram detidas. Edmundo González Urrutia, principal rival de Maduro nas eleições, pediu às Forças Armadas que respeitem a Constituição e a decisão do povo.
Apesar de uma recente recuperação econômica, a Venezuela ainda enfrenta altos níveis de fome, com cerca de 5 milhões de pessoas sem acesso suficiente a alimentos, segundo dados da ONU. Maduro, presidente desde 2013, deu amplo poder aos militares, que controlam diversas áreas estratégicas do país. A oposição critica a politização das Forças Armadas e denuncia redes de corrupção.
