A juiz-forana Joanita de Almeida, condenada a 16 anos e 6 meses por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, foi encaminhada ao presídio nesta sexta-feira (14). Joanita estava internada no Hospital Ana Nery, em Juiz de Fora, desde maio deste ano devido a um surto psicótico. O mandado de prisão foi cumprido após decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Joanita havia sido presa por cerca de 10 meses, mas sua prisão foi convertida para domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Após a condenação em fevereiro, ela entrou com recurso e aguardava o parecer em liberdade até ser hospitalizada. Com a melhora do seu quadro psiquiátrico, conforme indicado por Moraes, e o risco de fuga, foi determinada sua volta ao presídio.
No processo, Joanita respondeu por crimes como golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada, entre outros. A defesa de Joanita pediu um exame de insanidade mental, mas a Procuradoria-Geral da República aceitou a decisão de retorno ao presídio.
Joanita de Almeida era presidente da Associação Assistencial Derlando Ferreira Fernandes, que mantinha contratos com a Prefeitura de Juiz de Fora para prestação de serviços educacionais em creches municipais. Após a divulgação de sua participação nos atos golpistas, o Executivo municipal afirmou que a associação não deve ser confundida com as atitudes individuais de seus membros.