Neste domingo (28), Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela e membro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), foi reeleito para um novo mandato de seis anos. Com posse marcada para janeiro de 2025, Maduro obteve 51,2% dos votos válidos com 80% das urnas apuradas até às 1h15 desta segunda-feira (29). Seu principal oponente, Edmundo González Urrutia, da Plataforma Unitária Democrática (PUD), conquistou 44% dos votos.
A reeleição de Maduro reafirma a continuidade do chavismo, movimento político iniciado pelo ex-presidente Hugo Chávez. Críticos acusam o chavismo de conduzir a Venezuela a uma grave crise econômica e humanitária, resultando na redução do PIB em 80% e no êxodo de mais de 7 milhões de pessoas.
A eleição foi marcada por alta tensão, com os venezuelanos enfrentando a escolha entre a continuidade do governo atual e as promessas de mudança da oposição. Maduro, de 61 anos, buscava um terceiro mandato em meio a uma profunda crise econômica e humanitária.
A campanha de Maduro foi envolta em polêmicas. Ele enfrentou acusações de impedir a candidatura de duas adversárias da oposição, María Corina Machado e Corina Yoris. Em abril, foi criticado por divulgar uma cédula de votação com sua foto e nome aparecendo 13 vezes. Embora tenha prometido respeitar os resultados da eleição, Maduro também acusou González de planejar um golpe de Estado.
O principal rival de Maduro, Edmundo González Urrutia, de 74 anos, é apoiado pela carismática líder oposicionista María Corina Machado, que foi barrada de participar da eleição devido a uma inabilitação política imposta pelo regime. Outros oito candidatos participaram do pleito, mas tiveram desempenho marginal nas pesquisas.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou que os 15.767 centros de votação funcionaram das 6h às 18h, com cerca de 21 milhões de pessoas autorizadas a votar. Estima-se que cerca de 17 milhões de eleitores estivessem efetivamente presentes no país para participar do pleito.