O governador Romeu Zema, do partido Novo, justificou o aumento de quase 300% em seu próprio salário e nos vencimentos de seus secretários, medida aprovada em 2023. Segundo Zema, o reajuste era necessário devido à defasagem salarial que estava levando à perda de membros do seu secretariado, que atuaram como voluntários durante quatro anos.
Em entrevista à CNN, Zema destacou que secretários estaduais de saúde e educação ganhavam menos que seus equivalentes municipais em pequenas cidades. Ele argumentou que o aumento é uma correção justa e que, ao contrário de administrações anteriores, seu governo é transparente sobre os salários pagos.
A medida, no entanto, tem sido alvo de críticas da oposição, principalmente em um contexto onde servidores públicos receberam apenas uma recomposição salarial de 4,62% este ano. Recentemente, o Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) de Minas Gerais considerou o aumento irregular e pediu uma análise do impacto financeiro nos próximos nove anos, podendo influenciar na homologação do regime.