O governo de Minas Gerais enviou ao menos seis servidores públicos, incluindo secretários e subsecretários, para participar dos Jogos Olímpicos em Paris. Entre os nomes listados no Diário Oficial do Estado estão a Secretária Adjunta de Comunicação, Bárbara Barros Botega, licenciada do cargo entre 23 de julho e 1º de agosto, e Petterson Menezes Torino, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que estará em Paris no mesmo período. A secretária-adjunta de Cultura e Turismo, Josiane Míriam de Souza, e Tomás Tavares Perdigão Mendes, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), também estarão na capital francesa até 12 de agosto.
O presidente da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Gustavo Mendicino Ferreira, já está em Paris desde o início do evento. Todos os servidores licenciados estão em missão oficial, conforme informado pelo governo estadual, que justifica a presença deles como parte de ações para o desenvolvimento de políticas públicas e parcerias nas áreas de turismo, esportes e cultura. Além disso, representantes da Secom e EMC estão cobrindo as ações do estado durante os jogos, enquanto representantes da Sedese participam de encontros de negócios com parceiros convidados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
O Minas Bar, um estande da Casa Brasil no Parc la Villette, promove a culinária mineira, oferecendo um cardápio variado que inclui queijos mineiros, pão de queijo com pernil, e outras iguarias regionais.
No entanto, as viagens são realizadas "com ônus para o Estado", e o Portal da Transparência não discrimina os gastos específicos relacionados a essas viagens. Estima-se que as despesas com diárias e viagens da Secult, Sedese e Secom entre julho e agosto alcancem mais de R$ 322 mil.
Enquanto os servidores participam dos jogos, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) retoma discussões sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que implica em medidas de austeridade para a dívida bilionária do estado. A adesão ao regime pode limitar reajustes salariais dos servidores a duas parcelas de 3% nos próximos nove anos, o que causa apreensão entre a maioria dos funcionários públicos.
As informações foram obtidas pelo jornal Estado de Minas.