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Exército israelense interrompe atividades militares em Gaza para entrada de ajuda humanitária

Organizações internacionais já alertaram para a crescente crise humanitária na região

16/06/2024 às 07h14 Atualizada em 16/06/2024 às 07h18
Por: Redação
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Exército israelense interrompe atividades militares em Gaza para entrada de ajuda humanitária

Neste domingo, 16 de junho de 2024, o exército israelense anunciou uma pausa diária nas atividades militares em partes do sul de Gaza para permitir a entrada de mais ajuda humanitária. Essa pausa tática está programada para ocorrer das 2h às 13h (horário de Brasília) na estrada que liga a passagem de fronteira de Kerem Shalom, próxima a Khan Yunis, à rodovia Salah al-Din, um percurso de aproximadamente 170 quilômetros.

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Organizações internacionais já alertaram para a crescente crise humanitária na região. Em maio, 200 caminhões com ajuda humanitária vindos do Egito entraram em Gaza através da passagem de Kerem Shalom, controlada por Israel. Esses caminhões, inspecionados pelas autoridades israelenses e distribuídos com a coordenação da ONU, passaram pela fronteira de Rafah, que está fechada desde o início de maio, quando Israel assumiu o controle do lado palestino do terminal.

Em abril, Israel já havia prometido permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza após uma conversa telefônica entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente dos EUA Joe Biden. Na ocasião, o gabinete de Netanyahu explicou que a ajuda seria autorizada a entrar por dois pontos: o porto israelense de Ashdod, a cerca de 35 km de Gaza, e a passagem de Erez, no norte do território palestino.

Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em 7 de outubro, a ajuda humanitária tem chegado a conta-gotas a Gaza e mal alcança o norte do território. A ONU alertou que a região, devastada pelos combates, enfrenta uma fome iminente. A pressão internacional sobre Israel aumentou após a morte de sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen em um ataque israelense, em 1º de abril. "Este não é apenas um ataque contra a World Central Kitchen, é um ataque a organizações humanitárias que se apresentam nas situações mais terríveis, em que os alimentos são usados como arma de guerra. Isso é imperdoável", disse Erin Gore, CEO da ONG.

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