Neste sábado (7), durante um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, chamando-o de "ditador". Segundo Bolsonaro, o ministro causaria mais danos ao país do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante seu discurso, o ex-presidente reforçou a necessidade de que o Senado interfira nas ações de Moraes. "Eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes", afirmou.
Apesar de visivelmente gripado e com a voz rouca, Bolsonaro participou da manifestação ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do pastor Silas Malafaia. Os três estavam em um dos caminhões de som contratados para o evento, que contou com quatro trios elétricos ao longo da avenida. A manifestação foi marcada por pedidos de impeachment de Moraes e pela defesa de uma anistia aos condenados pela tentativa de golpe ocorrida no dia 8 de janeiro.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que é candidato à reeleição, também esteve presente no ato, porém de forma mais discreta, vestindo uma camiseta amarela e subindo no palanque em um espaço menos destacado. Outro político presente foi Pablo Marçal, do PRTB, que chegou à Avenida Paulista de helicóptero após o discurso de Bolsonaro, não havendo encontro entre os dois.
A manifestação atraiu grande atenção, principalmente pelos discursos que pediam uma intervenção do Senado em relação ao ministro do STF e pelas mensagens de apoio aos envolvidos nos atos antidemocráticos de janeiro. O evento reforçou as divisões políticas no país, especialmente entre os apoiadores de Bolsonaro e aqueles que defendem as decisões de Moraes no STF.