Edmundo González, considerado o provável vencedor das eleições presidenciais na Venezuela, deixou o país no sábado, 7 de setembro de 2024, e solicitou asilo político na Espanha. A saída de González foi confirmada pelo governo espanhol, que forneceu apoio diplomático e um avião da Força Aérea para sua transferência.
González estava foragido há cerca de um mês, após não comparecer às autoridades venezuelanas para prestar depoimento, em decorrência de uma ordem de prisão emitida contra ele. O líder da oposição afirma que venceu as eleições, acusando Nicolás Maduro de fraudar o processo eleitoral. Sua equipe divulgou documentos que alegam comprovar a vitória, mas o Ministério Público da Venezuela contesta a veracidade desses dados.
O episódio ocorre em meio a uma crise diplomática entre Brasil e Venezuela. O governo de Maduro impôs um cerco à embaixada da Argentina em Caracas, atualmente sob jurisdição do Brasil, onde estão abrigados opositores venezuelanos. O governo brasileiro se posicionou contra a ordem de prisão de González, agravando ainda mais a tensão entre os países.