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Suzane Richthofen faz concurso público para trabalhar no Tribunal de Justiça de SP

Para ser aprovada, Suzane precisa atender aos requisitos do concurso, que incluem "boa conduta"

10/09/2024 às 21h19
Por: Redação
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Suzane Richthofen faz concurso público para trabalhar no Tribunal de Justiça de SP

Suzane von Richthofen, de 41 anos, que cumpre pena em regime aberto pelo assassinato dos pais em 2002, participou de um concurso público para o cargo de escrevente técnico judiciário no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O salário inicial para o cargo é de R$ 6.043, além de benefícios como auxílio-alimentação, saúde e transporte. A prova objetiva, com 100 questões, foi aplicada no último domingo (8), e o processo seletivo ainda prevê uma prova prática de digitação.

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Suzane, que utiliza o nome Suzane Louise Magnani Muniz após retirar o "von Richthofen" por meio de um processo de mudança de nome, prestou o exame em um colégio no bairro Cambuí, em Campinas. O concurso é bastante concorrido, com 181.966 inscritos disputando 572 vagas, sendo 300 delas para a capital paulista. Suzane, que atualmente estuda Direito no campus de Bragança Paulista, se inscreveu utilizando seu nome atual.

Para ser aprovada, Suzane precisa atender aos requisitos do concurso, que incluem "boa conduta", a apresentação de atestados de antecedentes criminais e certidões de processos em cartórios. No entanto, devido à sua condenação e aos direitos políticos suspensos até 2038, ela poderá enfrentar dificuldades para ser empossada, embora uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2023 tenha aberto precedentes para que condenados aprovados em concursos públicos possam ser nomeados, desde que não haja conflito entre o crime cometido e o cargo.

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Suzane foi condenada a 39 anos e 6 meses de prisão por orquestrar o assassinato dos pais, ocorrido em 2002, e passou mais de 20 anos presa, até ser transferida para o regime aberto em 2023. Desde então, ela busca uma nova ocupação profissional. Inicialmente, abriu uma loja virtual de acessórios femininos e chegou a se inscrever em outro concurso público para o cargo de telefonista na Câmara Municipal de Avaré, mas não compareceu à prova. 

Agora, ela tenta seguir carreira no serviço público, e caso sua posse no cargo de escrevente seja negada, ela pode recorrer judicialmente para garantir sua nomeação, conforme as regras estabelecidas pela decisão do STF.

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