Nos últimos meses, a população brasileira tem criticado, principalmente nas redes sociais, o silêncio dos artistas em relação ao aumento das queimadas na Amazônia e em outras regiões do Brasil. Durante o governo de Jair Bolsonaro, diversas celebridades fizeram campanhas ativas em defesa da floresta e gravaram músicas como "Salve Amazônia", que contou com a participação de artistas como Caetano Veloso, Anitta, Sandy, Gilberto Gil, Samuel Rosa e muitos outros. Naquela ocasião, os músicos lançaram suas vozes em protesto contra o desmatamento e as políticas ambientais da época, com críticas diretas ao governo.
Agora, com a Amazônia registrando números alarmantes de focos de incêndio, a ausência dessas mesmas manifestações tem sido amplamente questionada por parte da população. O público alega que o engajamento dos artistas parece ter diminuído significativamente durante a gestão atual de Luiz Inácio Lula da Silva, embora a crise ambiental persista e, em alguns aspectos, tenha se agravado.
Internautas e figuras públicas têm se manifestado contra essa "indignação seletiva", apontando que a crise ambiental não deveria ser politizada. Muitos acreditam que a pressão pública vinda das celebridades poderia novamente chamar atenção internacional para o problema, mas, até o momento, poucas vozes se levantaram para defender a causa com o mesmo fervor visto nos últimos anos.
O contraste entre o ativismo de outrora e o silêncio atual tem gerado um debate sobre o papel das celebridades em questões sociais e ambientais, destacando a expectativa do público de que essas figuras continuem a usar sua influência em prol de causas essenciais, independentemente do cenário político.