Romeu Zema (Novo) entrou na campanha eleitoral em Belo Horizonte com o objetivo de fortalecer sua influência na capital, mas o resultado das urnas mostrou que seu apoio ao candidato Mauro Tramonte (Republicanos) não foi suficiente para levá-lo ao segundo turno. A disputa pela prefeitura será decidida entre Bruno Engler (PL) e o atual prefeito Fuad Noman (PSD), deixando evidente o enfraquecimento do governador na região.
Desde o início da campanha, Zema tentou emplacar sua ex-secretária como candidata à prefeitura, mas, sem conseguir viabilizar o nome, acabou impondo-a como vice na chapa de Tramonte. O apoio do governador ao candidato foi estratégico, buscando alavancar a candidatura, mas as pesquisas já indicavam sinais de desgaste político. Recentes levantamentos apontavam uma crescente reprovação a Zema na região metropolitana de Belo Horizonte, o que pode ter influenciado o resultado nas urnas.
Além disso, a decisão de Zema de compor a chapa com o partido Novo, que não possui tempo no horário eleitoral gratuito, prejudicou a visibilidade da campanha de Tramonte. Enquanto candidatos como Bruno Engler e Fuad Noman dominavam a propaganda eleitoral em rádio e TV, Tramonte ficou em desvantagem, o que contribuiu para a queda nas pesquisas e sua exclusão do segundo turno.
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Alexandre Kalil (Republicanos), que havia deixado a prefeitura com altas taxas de aprovação, também se uniu a Tramonte, mas seu apoio não foi suficiente para reverter a situação. Kalil ignorou seu ex-vice e atual prefeito Fuad Noman, numa articulação que visava alianças futuras, mas o resultado final mostrou que o peso político dos dois caciques, Zema e Kalil, não foi capaz de transferir votos de forma significativa.