Apesar de ser apadrinhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado estadual Bruno Engler (PL) enfrenta um segundo turno acirrado contra o atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD). Enquanto Engler busca fortalecer a presença de Bolsonaro em sua campanha, Fuad, que ficou em segundo lugar no primeiro turno com 26,54% dos votos, adota uma estratégia diferente, evitando nacionalizar o embate e se aproximando de eleitores de centro-direita. O prefeito chegou a usar suspensórios vermelhos, associando sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Engler, que liderou o primeiro turno com 34,38% dos votos, pretende intensificar a participação de Bolsonaro em sua campanha, além de atrair o apoio dos grandes derrotados na eleição de BH, Mauro Tramonte (Republicanos) e de seu fiador, o governador Romeu Zema. Com essa estratégia, Engler busca fortalecer sua base eleitoral e aumentar suas chances de vitória no segundo turno.
Por outro lado, Fuad Noman deve receber o apoio de partidos de esquerda e pretende conquistar também o endosso do ex-prefeito Alexandre Kalil, de quem foi vice, e que apoiou Mauro Tramonte no primeiro turno. A aliança com Kalil e o apoio de Lula poderão ser decisivos para ampliar o eleitorado de Fuad, buscando atrair tanto eleitores progressistas quanto moderados na reta final da disputa.