O Partido dos Trabalhadores (PT) endossou um documento do Foro de São Paulo que reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela, realizadas em julho de 2024. O resultado do pleito, que foi alvo de diversas denúncias de fraude, atribuiu 51% dos votos ao atual presidente, enquanto seu opositor, Edmundo González, teria conquistado 44%. Organizações como a ONG Centro Carter apontam para uma possível vitória de González, mas o regime de Maduro não apresentou as atas de apuração.
A resolução, firmada durante uma reunião do Foro de São Paulo no México em 29 de setembro, também aborda críticas aos governos de direita da América Latina e à presença militar dos Estados Unidos na região. O texto ressalta a importância da unidade das forças progressistas e democráticas frente ao avanço do que chama de extremismo de direita.
No Brasil, a posição do PT gerou reações internas. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) manifestou descontentamento, afirmando que a posição oficial está "desconectada" do que pensa a maioria dos simpatizantes do partido e que a situação na Venezuela representa um constrangimento para a América Latina. A defesa de uma postura mais clara e assertiva em relação ao regime venezuelano também foi defendida por outros membros da esquerda brasileira.