João Magalhães, deputado estadual e líder do governo Romeu Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, foi condenado pela Justiça Federal a 11 anos e oito meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de capitais. A sentença é resultado de investigações da Operação João de Barro, iniciada em 2008, que apurou esquemas de fraude em licitações e venda de emendas parlamentares.
O Ministério Público Federal acusou Magalhães de cobrar propinas de prefeitos em troca da destinação de emendas ao Orçamento da União para obras em municípios mineiros. Em um dos casos, o deputado recebeu R$ 38 mil do então prefeito de Tumiritinga, Luiz Denis Alves Temponi, que também foi condenado a 11 anos e seis meses de reclusão por corrupção ativa e lavagem de capitais.
Mary Rosane da Silva Lanes, assessora informal de Magalhães, foi sentenciada a dez anos e dois meses de prisão pelos mesmos crimes. Segundo a denúncia, ela recebeu e repassou a propina para ocultar a origem do dinheiro.
Em nota, João Magalhães afirmou estar tranquilo quanto à sua conduta e integridade, e que recorrerá da decisão, alegando que as acusações são infundadas. A defesa do deputado tomará as medidas legais necessárias para reverter a condenação.
A Justiça Federal determinou ainda a perda de função pública dos condenados e o cumprimento das penas em regime fechado.