O governo federal, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lançou um edital de R$ 110 milhões para a produção da primeira telenovela na TV Brasil, canal estatal. O investimento será realizado através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e inclui também projetos de séries, animações e documentários, com foco na cultura e sociedade brasileiras.
A medida provocou reações negativas de parlamentares da oposição, que criticaram o uso de verba pública para a produção de conteúdo televisivo. O economista Leonardo Siqueira e o presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, manifestaram descontentamento nas redes sociais, classificando a iniciativa como um "gasto desnecessário". A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também expressou preocupação, questionando a escolha das temáticas e a alocação de recursos.
O edital prevê a criação de uma novela inédita, com entre 40 e 60 capítulos, além de conteúdos direcionados ao público infantil, produções sobre meio ambiente e projetos ligados ao futebol feminino. A TV Brasil está em busca de coprodutoras para desenvolver as novas obras, que prometem ter um recorte de gênero e raça, valorizando a diversidade cultural do país.
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A iniciativa faz parte de uma estratégia conjunta entre a EBC e a Ancine, retomada após a suspensão de projetos culturais no governo anterior, que discordava das temáticas de algumas produções. A oposição argumenta que o investimento é uma prioridade equivocada, especialmente em um cenário econômico desafiador.