Neste domingo (27 de outubro), Fuad Noman (PSD) foi reeleito prefeito de Belo Horizonte, vencendo o segundo turno das eleições com 53% dos votos válidos. A vitória veio após uma disputa apertada com Bruno Engler (PL), que havia terminado o primeiro turno na liderança, mas não conseguiu manter a vantagem na fase final da eleição.
A campanha de Fuad Noman foi marcada por um foco na gestão técnica e pelo afastamento de posicionamentos políticos polarizados. Durante o segundo turno, ele evitou entrar em debates ideológicos mais intensos, apostando na imagem de um administrador experiente, responsável por melhorias em áreas estratégicas da capital mineira. Essa abordagem ajudou a conquistar um eleitorado de perfil centrista, que buscava estabilidade e continuidade na administração da cidade.
Bruno Engler, por sua vez, iniciou a campanha do segundo turno com a esperança de repetir o bom desempenho do primeiro. Contando com o apoio de figuras políticas conservadoras, ele intensificou o tom ideológico, tentando mobilizar a base conservadora de Belo Horizonte. No entanto, essa estratégia acabou enfrentando obstáculos significativos, especialmente quando ele direcionou críticas a Fuad sobre o conteúdo de um livro escrito pelo prefeito. A Justiça Eleitoral chegou a intervir, mas os ataques já haviam repercutido nas redes sociais, levando a uma polarização maior da campanha.
Engler, que teve sua imagem marcada por posicionamentos contrários ao lockdown e ao uso de máscaras durante a pandemia, não conseguiu convencer um eleitorado mais moderado, que estava cauteloso quanto à possibilidade de ele liderar a capital. A falta de clareza sobre seu preparo para lidar com a administração pública pesou, especialmente entre os eleitores que buscam pragmatismo em questões de saúde e gestão.
A reeleição de Fuad, que começou a campanha como um nome pouco conhecido de parte da população, foi consolidada pelo sucesso de sua propaganda eleitoral. Ele conseguiu se distanciar da imagem de outros líderes políticos locais, apresentando-se como uma opção centrada e equilibrada, capaz de dialogar com diferentes segmentos sociais sem assumir posturas extremas. Essa estratégia se mostrou eficaz para superar a rejeição que Engler enfrentou entre eleitores mais ao centro.
A disputa deste ano evidenciou o perfil do eleitorado de Belo Horizonte, que se mostrou resistente a campanhas polarizadas e deu preferência a candidatos que apresentaram uma imagem de competência técnica e experiência administrativa. A vitória de Fuad Noman, considerada uma das mais disputadas dos últimos anos, reafirma a importância de uma abordagem política que busque equilíbrio em tempos de polarização.
Com a vitória, Fuad terá mais quatro anos para continuar os projetos em andamento e enfrentar os desafios da capital mineira, reforçando seu compromisso com uma gestão que promete estabilidade e desenvolvimento para Belo Horizonte.