A sucessão na mais alta corte do país tem mobilizado discussões nos corredores do poder em Brasília. Em meio à proximidade da saída de um dos ministros mais influentes, a busca por seu substituto tem ganhado contornos de uma verdadeira disputa estratégica. Recentemente, membros do Supremo Tribunal Federal se reuniram com o presidente da república, que tem a responsabilidade de indicar o novo membro, para uma agenda que, embora oficialmente não tivesse o tema em pauta, serviu como palco para a manifestação de certas preferências.

Apesar de o assunto não ter sido debatido diretamente durante o encontro, uma ala da corte expressou, após a reunião, a necessidade de um nome que tenha "musculatura política". Nesse contexto, a preferência por um jurista com experiência no cenário político e capacidade de atuar com peso e influência dentro e fora da corte ganha força. O nome do ex-presidente do Senado Federal é citado por esse grupo como uma opção capaz de atender a essa demanda e agregar relevância ao tribunal.

No entanto, a escolha presidencial parece pender para outro lado. O atual advogado-geral da União é considerado o favorito para a vaga, uma indicação que sinaliza a preferência por um nome com forte ligação com o poder executivo. A decisão final está nas mãos do presidente, que, segundo fontes próximas, já tem um nome definido e não quis abrir espaço para a discussão sobre o tema durante a reunião com os ministros. A expectativa é que o anúncio seja feito em breve, revelando os rumos que a corte tomará nos próximos anos.

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