Um abaixo-assinado online vem mobilizando servidores da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), agricultores familiares, entidades representativas e cidadãos mineiros em uma posição contrária à inclusão do prédio central da instituição na lista de imóveis que compõem o Projeto de Lei 3733/2025. O PL autoriza o governo de Estado de Minas Gerais a federalizar ou vender diversos bens, e a inclusão da sede da Emater-MG gerou uma forte reação de defesa do patrimônio público.

O prédio central da Emater-MG é reconhecido como parte da identidade histórica da instituição. Construído com recursos do Banco Mundial há mais de quatro décadas para ser sua sede, suas instalações carregam a memória e o esforço de gerações de extensionistas. Estes profissionais são responsáveis por construir políticas públicas de grande impacto para o Estado, promovendo o fortalecimento da agricultura familiar, a segurança alimentar e o desenvolvimento em centenas de municípios mineiros. A coleta de assinaturas online reforça a união em torno da causa.

Desfazer-se deste patrimônio, na visão dos signatários, é um desrespeito à trajetória da Emater-MG e de seus trabalhadores. A ação é vista como um enfraquecimento da capacidade de atendimento aos agricultores e uma fragilização de uma instituição essencial para o campo mineiro. O abaixo-assinado é um ato em defesa da Emater-MG e da memória do trabalho construído, reafirmando seu compromisso como bem público. O apelo é dirigido ao governo de Minas e aos deputados estaduais, solicitando a retirada do prédio, localizado na Avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, da lista do Projeto de Lei 3733/2025, garantindo sua preservação como patrimônio dos mineiros. Preservar a sede é considerado um ato de preservação da história da Extensão Rural, da força de seus trabalhadores e da continuidade das políticas públicas no estado.