O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um recente encontro, teceu comentários notáveis sobre a trajetória política do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, expressando admiração pela sua carreira que inclui múltiplos mandatos, um período de prisão e uma vitoriosa volta ao poder. A comitiva brasileira classificou a manifestação como um sinal muito positivo, indicando que Trump demonstrou estar bem a par dos acontecimentos na vida política de Lula, chegando a perguntar sobre o tempo em que o líder brasileiro esteve detido. Avaliações internas apontam que o republicano teria percebido uma empatia mútua, dada a alegação de que ambos teriam enfrentado processos judiciais adversos e conseguido se reerguer.

Durante a conversa, Trump chegou a usar o termo "perseguido" ao se referir à experiência de Lula, uma expressão que frequentemente direciona a adversários políticos, inclusive mencionando sentir pesar pelo que ocorreu com Jair Bolsonaro, a quem disse sempre ter gostado e considerado franco, apesar das dificuldades que enfrentou. Contudo, em um momento mais reservado do diálogo, o presidente brasileiro teria assegurado que, no caso de Bolsonaro, todo o devido processo legal foi observado. O chanceler Mauro Vieira destacou que Trump reconheceu o perfil de Lula, a recuperação após a perseguição, a comprovação de inocência e a conquista do terceiro mandato.

Para a equipe do presidente Lula, o reconhecimento da perseguição sofrida e da subsequente recuperação, sempre respeitando as normas legais do Brasil, configura uma importante vitória política no encontro. Diferentemente, aponta-se que Bolsonaro estaria em uma posição de tentar evitar uma condenação antes do cumprimento de qualquer pena. A expectativa da comitiva é que esse entendimento da trajetória de Lula por parte de Trump desmonte a narrativa de que o presidente brasileiro seria um adversário implacável de Bolsonaro. Assim, os movimentos indicam um caminho aberto para uma relação mais civilizada entre as nações, pavimentando o caminho para um acordo definitivo entre Brasil e Estados Unidos nos próximos dias, conforme expectativa de Lula.