A Polícia Civil de Passos, em Minas Gerais, está conduzindo uma investigação minuciosa sobre uma rede de intermediação e revenda de atestados médicos fraudulentos. O esquema veio à tona há aproximadamente vinte dias, após um profissional de saúde da Santa Casa de Misericórdia da cidade comparecer à delegacia para denunciar o uso indevido de sua assinatura e carimbo em documentos falsificados. Tais atestados eram apresentados a empresas da região, visando a liberação indevida de trabalhadores por períodos que variavam de três a quinze dias.
As apurações iniciais revelam que os documentos eram comercializados por valores que oscilavam entre R$ 50 e R$ 100, sendo o preço determinado pela extensão da ausência e pelo código de diagnóstico (CID) inserido. A ação policial já resultou na identificação e oitiva de quatro compradores e um intermediário envolvidos na transação dos papéis falsos. O delegado responsável pelo caso, chefe do 18º Departamento de Polícia Civil de Poços de Caldas, frisou a seriedade da situação, alertando que os envolvidos podem ser indiciados por crimes graves como falsidade ideológica, associação criminosa e uso de documento falso, com penas que podem chegar a cinco anos de reclusão.
A Santa Casa de Passos figura como vítima no processo, visto que a imagem e a autoridade de seus médicos foram empregadas sem qualquer consentimento. Além do dano à imagem profissional, a polícia destaca o prejuízo financeiro causado às empresas que, ao aceitarem os atestados, ficam com o quadro de funcionários temporariamente reduzido. Este episódio em Passos não é um caso isolado na área, configurando o quarto registro de fraudes similares na região no corrente ano, com ocorrências semelhantes já investigadas em Muzambinho, Varginha e Pouso Alegre, evidenciando a necessidade de maior rigor contra a prática.
resumo
A Polícia Civil de Passos, MG, investiga um esquema de venda de atestados médicos falsos que usavam nomes e carimbos de profissionais da Santa Casa local. Os documentos eram vendidos por R\$ 50 a R\$ 100 para dispensas de 3 a 15 dias. Quatro compradores e um intermediário já foram ouvidos, podendo responder por falsidade ideológica e outros crimes. A Santa Casa é vítima, e a fraude gera prejuízo a empresas. O caso é o quarto do tipo na região em 2024.
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