O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, uma das vozes mais assertivas da direita em relação à política econômica federal, escolheu o silêncio após a reunião entre o presidente Lula e o ex-presidente americano Donald Trump na Malásia. Anteriormente, Zema e outros líderes estaduais pressionavam o Palácio do Planalto por uma atuação diplomática mais enérgica visando reverter ou amenizar o impacto das recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos, que ameaçam setores importantes da economia mineira.
A mudança no tom do cenário político-econômico se deu com as declarações positivas vindas do encontro. O presidente Lula demonstrou grande otimismo sobre a possibilidade de se chegar a um acordo nas negociações comerciais em poucas semanas, um avanço que contrastou com o clima de tensão anterior. Essa aparente flexibilização no diálogo entre as duas maiores economias das Américas parece ter colocado em *stand-by* as cobranças diretas que vinham sendo feitas por Zema e seus pares contra a condução federal do tema.
O recuo estratégico de Zema sugere uma cautela política diante da perspectiva de uma solução negociada em alto nível. A expectativa agora reside em saber se essa nova fase de relacionamento entre os mandatários resultará em medidas concretas que beneficiarão o estado de Minas Gerais, aliviando a pressão sobre as empresas locais. Enquanto os detalhes do acordo não se materializam, a postura do governador mineiro é de observação atenta, adiando qualquer manifestação mais incisiva até que os resultados práticos do diálogo sejam confirmados.
