Um dia após uma intensa megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em um número elevado de mortes, a Polícia Civil de Minas Gerais intensificou o monitoramento de possíveis deslocamentos de criminosos para o estado vizinho, com foco especial na cidade de Juiz de Fora. O delegado Regional da Polícia Civil mineira, Bruno Wink, confirmou que a corporação está em contato com as inteligências do Rio de Janeiro para acompanhar a situação, embora, até o momento, não haja registros confirmados da migração de indivíduos ligados ao Comando Vermelho para a região de Juiz de Fora. A proximidade geográfica com o Rio motivou o questionamento e a consequente vigilância reforçada das forças de segurança mineiras.
Apesar da ausência de confirmação de migração para Minas, as autoridades locais se mantêm em alerta máximo para impedir a entrada de traficantes na área. A expectativa das autoridades é que, caso haja movimentação, a tendência seja uma redistribuição interna dentro do próprio estado do Rio ou para outras comunidades já controladas pelo mesmo grupo criminoso. Em uma ação paralela para reforçar a segurança nas vias que ligam os dois estados, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deslocou agentes de unidades como Juiz de Fora e Leopoldina para patrulhamento intensificado nas rodovias que cruzam o território fluminense.
Enquanto isso, o Rio de Janeiro lida com as consequências da operação, que foi confirmada como a mais letal da história do estado, totalizando 121 óbitos, incluindo quatro policiais e 117 suspeitos. Relatos de moradores indicaram a localização de dezenas de corpos em uma área de mata, o que exigirá perícia para confirmar a ligação direta com o confronto. O clima de tensão também se refletiu no transporte intermunicipal, com passageiros de ônibus que fazem a rota entre Juiz de Fora e o Rio relatando medo e transtornos devido à confusão e interrupções no trânsito durante a ação policial.
 
        
     
            