O deputado estadual Bruno Engler (PL) tornou-se o centro de uma intensa controvérsia política em Minas Gerais após a confirmação de seu voto decisivo na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira a obrigatoriedade de referendo popular para a privatização da Copasa. O parlamentar, que garantiu o 48º voto necessário para a aprovação da medida em uma sessão tumultuada que exigiu verificação por vídeo, passou a enfrentar uma onda de críticas severas em suas plataformas digitais.

Logo após a validação de seu voto, que foi considerado o "voto de minerva", as redes sociais de Engler foram inundadas por comentários negativos. Eleitores e críticos acusam o parlamentar de agir contra o interesse popular ao remover o direito da população de opinar diretamente sobre o futuro da companhia de saneamento. O termo "vendido" foi usado repetidamente por usuários que expressaram decepção, acusando o deputado de trair sua base eleitoral para se alinhar aos interesses do governo estadual na agenda de privatizações.

A repercussão negativa evidencia o desgaste político gerado pela manobra de aprovação da PEC. O episódio do voto de Engler, registrado nos últimos segundos da votação, já havia sido alvo da oposição, que classificou a atitude como uma tentativa de evitar o desgaste político. Com a confirmação do voto e a subsequente reação pública, a pressão sobre o parlamentar se intensifica, colocando-o como um dos principais alvos da impopularidade da medida.