A histórica Ponte Afonso Pena, única estrutura suspensa de Minas Gerais, foi reaberta ao tráfego nesta semana, marcando o fim de uma reforma que durou 57 dias. A estrutura, que atravessa o Rio Sapucaí, é uma via crucial de ligação entre os municípios de São Gonçalo do Sapucaí e Turvolândia, no Sul de Minas. A obra devolve à população não apenas uma passagem, mas um importante patrimônio histórico e de engenharia.
A restauração foi um esforço conjunto das prefeituras de São Gonçalo do Sapucaí e Turvolândia, com um investimento aproximado de R$ 500 mil. A ponte se encontrava em estado precário, com riscos à segurança dos motoristas. O projeto de reforma foi abrangente, incluindo a substituição completa de todo o tabuado de madeira, nova pintura, iluminação moderna e um reforço na serralheria da estrutura. O trabalho foi realizado por equipes das próprias prefeituras e trabalhadores locais.
Inaugurada em 1915, a Ponte Afonso Pena é um símbolo da engenharia do início do século XX e uma das quatro pontes pênseis remanescentes no Brasil. Com 132 metros de extensão sobre o rio, sua estrutura é sustentada por 18 imponentes cabos de aço, cada um pesando cerca de uma tonelada. Essas bases, ancoradas em rochas maciças de granito trabalhadas manualmente, resistem ao tempo há mais de um século.
Originalmente, a ponte teve um papel estratégico no escoamento de minérios da região, sendo um presente do governo alemão ao Brasil na época. Hoje, com a economia local voltada para a agricultura e pecuária, a ponte restaurada reafirma seu valor como ponto turístico e símbolo da união entre as duas cidades, preservando um capítulo importante da história mineira para futuras gerações.
