Uma servidora pública de 44 anos, identificada como Vanessa de Lima Figueiredo, foi presa sob suspeita de envolvimento no desvio de cerca de 220 armas de fogo que estavam custodiadas na 1ª Delegacia do Barreiro, em Belo Horizonte. Natural da capital mineira, Vanessa é analista da Polícia Civil, tendo sido aprovada em concurso público em 2013 e nomeada para o cargo no ano seguinte. Ela já teve passagens por delegacias em Divinópolis e também pelo Departamento de Trânsito De Minas Gerais (Detran-MG), sendo transferida para a delegacia do Barreiro em 2020. Em redes sociais, ela se apresenta como escrivã de polícia e o Portal da Transparência indica um salário bruto de R$ 7,5 mil em setembro deste ano.
A investigação sobre o sumiço das armas começou após um suspeito ser flagrado portando um armamento que já deveria estar apreendido. As apurações indicam que parte desse armamento teria sido comercializada para organizações criminosas, incluindo o Terceiro Comando Puro (TCP). Com o dinheiro supostamente desviado, a servidora teria adquirido dois automóveis de alto padrão e realizado procedimentos estéticos. Fontes ligadas à Polícia Civil afirmam que Vanessa foi registrada por câmeras de segurança retirando armamentos da delegacia.
A defesa da servidora, no entanto, contesta a prisão. O advogado Lucas Furtado argumentou que a medida é desproporcional e que não foi encontrado nenhum material ilícito durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Segundo Furtado, os vídeos existentes não mostram a servidora com armas, mas sim entrando e saindo com a própria bolsa em horários fixos. A defesa planeja pedir a liberdade provisória, alegando a falta de indícios concretos que justifiquem a prisão preventiva no inquérito policial.
