As condições de trabalho no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Minas Gerais, após uma recente ameaça de paralisação dos profissionais, voltam a ser pauta de debate na Assembleia Legislativa. Uma audiência pública está agendada para discutir os custos, os repasses de verbas e a valorização dos socorristas, reunindo representantes do governo e da categoria. A discussão ocorre em um contexto de insatisfação dos trabalhadores com as dificuldades enfrentadas.
Apesar de a categoria de condutores ter registrado pequenas melhorias na remuneração, a questão central dos atrasos no repasse do piso da enfermagem persiste como um entrave. Segundo a direção do Sind-Saúde, o problema, que havia melhorado temporariamente durante a mobilização para a possível greve, voltou a ocorrer. Há denúncias de que o Governo de Minas não teria repassado o valor referente ao piso de 2023.
O histórico de impasses no financiamento do Samu, que é dividido entre União, Estado e municípios, também é um ponto de atenção. Consórcios intermunicipais alegam que a União cobre apenas cerca de 30% dos custos, um percentual abaixo do previsto, o que teria motivado uma redução na participação do governo estadual. Enquanto a situação financeira e de repasses segue incerta, o serviço de urgência de Minas Gerais celebra a expansão da cobertura, que atingiu 95% dos municípios mineiros com a inauguração da Central de Regulação do Samu Regional Médio Piracicaba. A meta é alcançar 100% de cobertura até o final do ano, com a abertura de uma nova base em Uberaba.