José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico e irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou uma ação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo para contestar publicações em redes sociais que o associam a supostas fraudes investigadas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida visa combater o que o dirigente sindical classificou como "acusações falsas e ofensivas" direcionadas à sua pessoa. A nota divulgada na sexta-feira (17) também serviu de palco para Frei Chico expressar seu descontentamento com a forma como a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura irregularidades em descontos de aposentados estaria sendo utilizada.

Em sua manifestação, o vice-presidente do Sindnapi, um dos sindicatos mencionados em relatórios da comissão por supostamente se beneficiar de descontos irregulares, argumentou que a situação atual representa um julgamento precipitado dos fatos. Ele enfatizou sua confiança nas instituições e na defesa do Estado de Direito, ressaltando que a Presidência da República não interfere nas investigações. O foco da ação judicial, segundo sua defesa, é unicamente reparar os danos causados à sua imagem por associações indevidas com práticas ilícitas que estariam sendo disseminadas.

Apesar da CPMI do INSS continuar apurando o envolvimento de sindicatos e associações no esquema de cobranças indevidas a aposentados e pensionistas, Frei Chico ainda não foi convocado para depor, segundo as informações disponíveis, enquanto aliados do governo têm evitado sua convocação até o momento. A trajetória jurídica dele e as repercussões políticas do caso seguem no centro das atenções enquanto a comissão parlamentar busca apurar a extensão das irregularidades no sistema de descontos do INSS.