Servidores da Prefeitura de Alfenas, no Sul de Minas Gerais, relatam sérios problemas com a remuneração, afirmando que estão com o pagamento das horas extras trabalhadas nos meses de agosto e setembro em aberto. Além disso, o benefício do vale-refeição, fixado em R$ 150,00, também está pendente de repasse. As reclamações ganharam corpo após serem formalizadas junto ao sindicato da categoria e levadas ao conhecimento dos vereadores durante a última sessão plenária na Câmara Municipal.

Um dos trabalhadores afetados, que atua no Conselho Tutelar, conta que em seu contracheque chegou a aparecer o valor das horas extras, mas ele foi retirado posteriormente, deixando o funcionário sem clareza sobre quando o valor será de fato creditado. A situação se complica com a recente alteração na legislação municipal, que instituiu o banco de horas para compensar o trabalho excedente a partir de meados de agosto. Integrantes da Comissão de Desenvolvimento Funcional argumentam que os pagamentos em dinheiro deveriam ser mantidos, visto que a nova regra estaria em desacordo com o plano de carreira estabelecido para os servidores.

Em resposta às denúncias, a Prefeitura de Alfenas indicou que a mudança para um sistema digital de controle de ponto é a causa das divergências identificadas entre as marcações e os valores a serem pagos. O secretário de Planejamento e Gestão assegurou que as horas extras realizadas após 15 de agosto estão sendo reavaliadas, com notificações enviadas às secretarias para confirmar as autorizações prévias, prometendo o lançamento e pagamento correto após a finalização deste processo. Sobre o vale-refeição, o atraso de dois meses será coberto com valores retroativos assim que a administração municipal conseguir estabilizar o fluxo financeiro, priorizando a garantia da folha salarial. A categoria expressa sentimento de desvalorização diante do quadro.