A saúde pública de Ipatinga está em estado de atenção após a divulgação dos dados mais recentes do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) referentes a 2025. O índice médio geral atingiu a marca de 3%, um indicativo que, segundo a Secretaria de Saúde, serve como um sinal de alerta crucial, especialmente com a chegada do período de chuvas, um fator que comprovadamente intensifica a reprodução do vetor de doenças como a dengue. Este monitoramento contínuo visa prevenir um aumento significativo nos casos de arboviroses na região.

A análise detalhada dos resultados aponta uma disparidade na concentração dos focos por área da cidade. Os bairros Esperança e Ideal lideram as preocupações com um índice de 4,9%, seguidos de perto por um conjunto de localidades que incluem Bom Jardim, Ferroviários, Horto, Industrial e Usipa, onde o índice se situa em 4,2%. Outras áreas como Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Barra Alegre e Chácaras Oliveira também merecem atenção redobrada, registrando 4%. Este mapeamento específico é fundamental para direcionar os esforços das equipes de controle de zoonoses.

A maior parte dos criadouros identificados está dentro das residências, o que reforça a necessidade de um engajamento comunitário. Os depósitos móveis, como vasos, pratos e frascos, são responsáveis pela maior fatia dos focos, somando 45,6% do total. O lixo acumulado também figura como um problema relevante (17,1%), assim como os depósitos fixos em calhas e lajes (13,9%). Em resposta a estes números, a equipe de controle de zoonoses confirmou o reforço das operações de combate nas localidades com maior concentração de criadouros, ao mesmo tempo em que a orientação para a população é clara: inspecionar e eliminar semanalmente qualquer potencial local de água parada dentro dos domicílios.