A chegada do mês de novembro traz anualmente o debate em torno do desafio "No Nut November", onde a proposta é manter a abstinência sexual por 30 dias. Contudo, um crescente corpo de evidências científicas sugere que essa prática pode não ser a mais benéfica para a saúde masculina, apontando que a ejaculação frequente poderia, na realidade, ser um fator protetor contra o câncer de próstata, o segundo tipo mais letal da doença entre homens.
Um estudo de longo prazo conduzido por pesquisadores da Universidade de Harvard, que acompanhou mais de 31 mil homens por cerca de 18 anos, investigou justamente a correlação entre a frequência de ejaculação e a incidência da doença prostática. Os achados dessa análise, publicados em um renomado periódico científico, foram bastante reveladores ao indicar que uma maior frequência ejaculatória ao longo da vida adulta esteve associada a uma chance reduzida de receber o diagnóstico.
Especificamente, os cientistas notaram que homens que atingiam uma média de 21 orgasmos por mês, o que se traduz em aproximadamente cinco vezes por semana, apresentavam uma probabilidade até 20% menor de desenvolver a enfermidade. Essa proteção é atribuída, segundo os especialistas, à renovação celular e à eliminação de substâncias que podem se acumular no fluido prostático, reforçando o papel positivo da atividade sexual regular no bem-estar da próstata.
Embora o desafio de abstinência continue a atrair adeptos, pesquisas recentes sobre os impactos psicológicos e sexuais de um mês sem ejacular apontaram resultados neutros, sem melhorias ou pioras significativas no bem-estar ou desempenho dos participantes. Assim, para aqueles que acreditam que a moderação traz benefícios, os dados científicos reforçam que a constância na atividade sexual parece ser um fator mais favorável para a proteção da glândula prostática.
