O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Militar iniciaram nesta quinta-feira (13) a operação Lucas 12:3, com foco em apurar um possível esquema de "rachadinha" na Câmara Municipal de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A prática investigada consiste na devolução de parte dos salários de servidores para a pessoa que os indicou para o cargo, neste caso, um vereador do município.
A operação teve como foco o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça. As investigações tiveram início após denúncias anônimas chegarem ao MPMG em julho de 2021, indicando que um vereador estaria recebendo parcelas dos vencimentos de seus assessores parlamentares. O avanço das apurações forneceu indícios consistentes da prática ilícita no gabinete, motivando a ação.
Durante a operação, que contou com a participação de um promotor de Justiça, três servidores do MPMG e 35 policiais militares, foram cumpridos mandados em endereços ligados aos investigados. Os materiais apreendidos incluem cinco telefones celulares, dois notebooks, um HD interno de computador, além de outros documentos e HDs externos. O MPMG informou que os nomes do vereador e dos assessores envolvidos não foram divulgados, em conformidade com as restrições da Lei de Abuso de Autoridade. O nome da operação, Lucas 12:3, faz referência a um versículo bíblico que trata da transparência.
