Minas Gerais tem consolidado sua posição de destaque nacional na adoção de energia solar, especialmente no setor industrial. Nos últimos anos, a expansão do uso de painéis fotovoltaicos por empresas mineiras tem sido notável, impulsionando a matriz energética do estado para fontes mais limpas e sustentáveis. Este avanço é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo a expansão da geração distribuída, o engajamento com políticas de ESG (Ambiental, Social e Governança), a busca pela redução de custos operacionais e a facilitação para que os consumidores acessem o Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Analistas do setor, como o engenheiro eletricista Marcos Paulo Alves, do Senai-MG, destacam que a liderança de Minas Gerais é um reflexo do forte investimento em energia limpa proveniente de usinas fotovoltaicas. Indústrias de menor porte frequentemente instalam suas próprias usinas para autoconsumo, aproveitando os créditos de geração excedente em outras unidades. Já empresas de médio e grande porte têm optado pela geração distribuída remota, por meio das chamadas 'Fazendas Solares', otimizando o fornecimento de energia renovável em larga escala.

Além da iniciativa privada, programas governamentais como o 'Sol de Minas', lançado em 2019 e coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE-MG), têm sido cruciais para esse cenário favorável. O programa visa simplificar a redução de custos energéticos para a indústria, agilizando processos ambientais, articulando com prefeituras e concessionárias, e promovendo segurança jurídica. Tais ações têm contribuído significativamente para a consolidação de Minas Gerais como um polo nacional em energia solar, um passo importante na descarbonização da economia estadual.