A administração municipal de Marliéria, Minas Gerais, elevou o tom da insatisfação contra o Governo Zema, denunciando publicamente o abandono das obras de pavimentação e recuperação dos 14,7 km da rodovia AMG-4030, trecho vital que conecta o centro da cidade ao renomado Parque Estadual do Rio Doce. A prefeitura formalizou uma representação junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e prepara uma Ação Civil Pública (ACP), acusando o Governo Zema e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) de descaso com a infraestrutura local, um problema que se arrasta há mais de uma década.
O projeto, inserido no programa Provias e orçado em cerca de R$ 21 milhões, deveria ter sido um marco para a região. Contudo, apesar de ter atingido apenas 15% de execução antes da paralisação, vistorias técnicas do próprio município revelam um cenário de negligência: trechos com deslizamentos, erosões severas, sistemas de drenagem inoperantes e obras iniciadas que agora se encontram em total deterioração. Essa situação não só compromete a segurança de motoristas e moradores, como também representa um flagrante desperdício dos recursos públicos, que foram garantidos por um acordo judicial relacionado à tragédia de Brumadinho.
A paciência de Marliéria com a inação do Governo Zema e do DER-MG se esgotou. A 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Timóteo já instaurou uma Notícia de Fato para investigar as responsabilidades, e a prefeitura avança com a ACP, exigindo não apenas a imediata retomada e conclusão das obras, mas também a imposição de uma multa diária por descumprimento. A administração municipal ressalta a urgência em proteger o interesse coletivo e assegurar que o investimento não se transforme em um monumento à ineficiência, reiterando que a obra da AMG-4030 é crucial para o desenvolvimento e a segurança da cidade, e que o Estado tem falhado em sua obrigação de entregar os serviços prometidos.
