Uma mulher de 42 anos foi detida em flagrante na manhã desta sexta-feira (5) na cidade de Ipanema, no Leste de Minas Gerais, por suspeita de disseminar informações falsas e mensagens de cunho difamatório direcionadas a profissionais da área de saúde do município. Segundo informações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), as publicações estavam sendo veiculadas em grupos de aplicativos e diversas plataformas de redes sociais, como o Facebook. As mensagens imputavam aos servidores do Pronto Atendimento Municipal condutas de conotação sexual, alegações que foram categoricamente desmentidas pelas vítimas.

As investigações tiveram início após o registro de vários boletins de ocorrência, nos quais os profissionais relataram a circulação de áudios, vídeos e montagens que lhes causaram intenso constrangimento tanto pessoal quanto profissional, além de prejuízos à imagem do serviço público que prestam. Diante do quadro, a PCMG instaurou um inquérito para apurar o crime de difamação majorada, uma vez que foi cometido por meio de redes sociais e atingiu funcionários públicos em razão do exercício de suas funções.

O flagrante ocorreu depois que novas vítimas compareceram à delegacia na manhã de sexta-feira, por volta das 9h, informando que a suspeita estava persistindo na publicação de conteúdo ofensivo, utilizando inclusive um perfil falso. Com base nas informações fornecidas e no link do perfil, a polícia conseguiu localizar a mulher em sua residência. Celulares foram apreendidos e a verificação inicial confirmou a existência e o uso da conta para propagar as publicações inverídicas. Diante dos fortes indícios e da repetição das condutas, a mulher foi detida e levada à Delegacia de Polícia Civil de Ipanema. Até o momento, a investigação sugere que ela agiu de maneira isolada. A Polícia Civil continua a coleta de provas digitais para identificar outros possíveis responsáveis pela propagação das mensagens e mensurar a extensão dos danos causados, reforçando que a difusão de informações falsas que atentam contra a honra de indivíduos ou instituições configura crime sujeito a responsabilização penal e cível.