Uma pesquisa Datafolha recente revela a taxa de rejeição de figuras políticas proeminentes no cenário nacional. O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, é rejeitado por 44% do eleitorado, enquanto o senador Flávio Bolsonaro, que recentemente foi indicado por seu pai, Jair Bolsonaro, para concorrer à Presidência, atinge 38% de reprovação. O ex-presidente, que cumpre pena em Brasília e está inelegível, possui um índice de rejeição similar ao do petista, chegando a 45%. Apesar disso, Lula lidera as intenções de voto em todos os cenários testados, mantendo uma vantagem de 15 pontos sobre Flávio Bolsonaro em um confronto direto.

Os governadores de direita cotados para a disputa presidencial apresentam índices de rejeição mais baixos em comparação com a família Bolsonaro. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é o nome preferido do centrão para a corrida ao Planalto, tem rejeição de 20%. Outros governadores como Romeu Zema de Minas Gerais e Ratinho Júnior do Paraná registram 21% de rejeição, e Ronaldo Caiado de Goiás tem o índice mais baixo do grupo, com 18%. Após o anúncio da pré-candidatura de Flávio, Caiado reafirmou sua própria pré-candidatura, mas reconheceu o direito de Jair Bolsonaro buscar viabilizar a do senador. Zema, por sua vez, considerou a pré-candidatura de Flávio como algo justo e democrático, alinhado à estratégia de múltiplas candidaturas no primeiro turno para somar forças na segunda etapa.

A pesquisa Datafolha ouviu 2.002 pessoas com 16 anos ou mais, em 113 municípios, entre a terça e a quinta-feira. A margem de erro para os dados gerais é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Outros membros da família do ex-presidente também foram avaliados, com o deputado federal Eduardo Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apresentando taxas de rejeição semelhantes à de Flávio, com 37% e 35%, respectivamente. Esses números sugerem que, ao herdar o voto bolsonarista, os membros da família do ex-presidente também herdam parte da sua reprovação. Michelle Bolsonaro, atualmente presidente do PL Mulher, tem sido cotada para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal e já expôs publicamente divergências internas sobre os apoios do partido no próximo pleito.