Uma análise recente sobre o cenário político de Minas Gerais, estado com 853 cidades, aponta para um desgaste considerável na imagem do atual governador, Romeu Zema. A pesquisa, que abrangeu grande parte do estado, revelou que uma parcela expressiva da população, atingindo 75% dos entrevistados, não conseguiu citar ou afirmou que não há uma realização notável do governo Zema, que está perto de finalizar seu segundo mandato. Este dado, obtido a partir de mil entrevistas presenciais, lança luz sobre a percepção pública a respeito da gestão estadual no momento em que as articulações para o próximo ciclo eleitoral começam a ganhar forma.
O enfraquecimento da figura do governador ocorre paralelamente ao reaquecimento do tabuleiro político mineiro, visando as eleições de 2026. O vice-governador Mateus Simões, buscando maior sustentação partidária e recursos, trocou o partido Novo pelo PSD, mas sua projeção como possível sucessor encontra barreiras tanto dentro quanto fora de sua nova sigla. No campo da oposição, o senador Cleitinho aparece à frente em sondagens iniciais, apesar de sua candidatura ser vista com reservas por especialistas. Outros nomes tradicionais também movimentam o cenário, como o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, que cogita se afastar da vida pública, e o ex-prefeito Alexandre Kalil, cuja nova postulação encontra resistência em setores do Partido dos Trabalhadores. O ex-governador Aécio Neves é outro que tem se manifestado, alternando entre a possibilidade de concorrer novamente ao governo ou tentar mais uma vez a Presidência da República.
A pesquisa sinaliza uma clara inclinação do eleitorado mineiro por candidatos com um histórico e perfil mais sólidos e experientes para assumir o comando do estado, um indicativo que desfavorece estreantes e figuras de fora do sistema. Em uma contraponto ao panorama do governo estadual, o levantamento indicou uma força crescente dos prefeitos, cujas avaliações positivas surpreenderam até mesmo os próprios gestores municipais, conforme destacado por lideranças da Associação Mineira de Municípios. Este contraste sugere que a insatisfação com a esfera estadual pode estar impulsionando a busca por lideranças mais próximas e com reconhecimento em suas bases locais.
