Um levantamento detalhado sobre a infraestrutura viária aponta que a malha rodoviária que corta o estado de Minas Gerais enfrenta desafios críticos de manutenção. Segundo os dados mais recentes, cerca de 65,4% das estradas mineiras são classificadas como regulares, ruins ou péssimas. O estudo destaca que o estado ainda lidera o ranking nacional em número de pontos críticos, somando mais de 130 locais com problemas graves, como buracos de grandes proporções, erosões e quedas de barreira que comprometem a segurança dos usuários.

A situação do asfalto tem gerado impactos diretos no bolso dos motoristas e na logística de transporte. De acordo com a análise técnica, o desgaste prematuro dos veículos e o aumento no consumo de combustível elevam o custo operacional em quase 30% para quem trafega por trechos degradados. Entre os pontos que mais exigem atenção estão a BR-262, onde crateras recentes no trevo de acesso a Martins Soares mobilizaram equipes de emergência, e a MGC-354, que registra lentidão devido a intervenções de recuperação e reclamações constantes sobre a trafegabilidade.

Para tentar reverter o cenário de deterioração, órgãos responsáveis anunciaram um incremento nos investimentos para o próximo ciclo de manutenção. A previsão é que os recursos destinados ao setor cresçam cerca de 50%, focando em operações de tapa-buracos e restauração completa de pavimentos em regiões estratégicas como o Triângulo Mineiro, o Sul de Minas e o Vale do Mucuri. Enquanto as obras não avançam, a orientação para os condutores é de cautela redobrada, especialmente em períodos de chuva, quando a visibilidade dos danos na pista diminui drasticamente.