Uma recente pesquisa nacional aponta um descontentamento significativo entre a população brasileira em relação à situação econômica do país. O levantamento indica que mais da metade dos entrevistados avalia que a economia está em um patamar inferior ao registrado quatro anos atrás, refletindo uma percepção de deterioração no cenário geral. Paralelamente a essa avaliação econômica, a investigação detectou que uma parcela considerável da população sente que o país trilha um caminho inadequado sob a atual gestão federal, embora o presidente ainda mantenha uma liderança em intenção de voto.

O sentimento negativo em relação à economia se manifesta também na esfera pessoal dos entrevistados. Quase 40% dos brasileiros afirmam que sua condição financeira individual piorou no período recente, enquanto uma fatia menor declarou melhora ou manutenção da mesma situação. Este desânimo é alimentado, em grande parte, pela persistência de um custo de vida elevado e pela alta generalizada de preços, fatores que continuam a influenciar negativamente a maneira como o cidadão comum enxerga a saúde financeira nacional. Além disso, o estudo notou uma elevação na percepção de corrupção no país, com a maioria dos entrevistados acreditando que os casos aumentaram nos últimos três anos.

No âmbito das projeções políticas, o cenário eleitoral para a Presidência da República mostra o atual presidente à frente nas intenções de voto, tanto no cenário espontâneo quanto nos estimulados, ainda que em alguns confrontos diretos as margens se mostrem apertadas. Contudo, um dado chama a atenção: a taxa de rejeição ao presidente cresceu, aproximando-se da marca de 50%, o que indica um eleitorado dividido e com pouca margem de erro para o futuro. A pesquisa também revelou que, apesar da polarização política reforçada pela baixa taxa de arrependimento de voto de 2022, uma parcela considerável dos eleitores ainda admite a possibilidade de mudar sua preferência até o pleito. As opiniões sobre políticas públicas, como privatizações e propostas de isenção fiscal, também foram mapeadas, mostrando clara resistência a certas medidas e aceitação a outras.