A intensa precipitação que atingiu o município de Santana do Paraíso, na região do Vale do Aço, resultou no alagamento de vias importantes e gerou transtornos para a população local. Imagens registradas na cidade mostram a Avenida Getúlio Vargas, na área central, tomada pela água, com motoristas enfrentando dificuldades para a travessia. O volume de água escoado pelas ruas foi tão significativo que invadiu calçadas e chegou a atingir a entrada de residências e estabelecimentos comerciais. Segundo o balanço da Defesa Civil de Santana do Paraíso, o acumulado de chuva registrado foi de 40 milímetros em um curto período. Embora o córrego São Vicente, que corta o centro, tenha apresentado aumento de nível, não houve transbordamento. A Defesa Civil segue em atendimento às solicitações de lonas para cobrir taludes próximos a imóveis, buscando prevenir deslizamentos em áreas de risco.
O evento meteorológico em Santana do Paraíso ocorre em um momento de grande atenção para todo o Leste de Minas Gerais. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho, classificado como de Grande Perigo, para chuvas intensas em 125 cidades. O aviso abrange o Vale do Aço, Vale do Rio Doce e Vale do Mucuri, e tem validade prevista das 22h de quarta-feira até as 22h de quinta-feira. O Inmet prevê volumes pluviométricos superiores a 100 milímetros em 24 horas para as áreas sob alerta, elevando consideravelmente o risco de alagamentos severos, transbordamento de rios e deslizamentos de terra.
Cidades como Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Governador Valadares estão entre os municípios listados para o alerta de perigo. Além da faixa vermelha, a previsão se estende para todo o estado de Minas Gerais nos próximos dias, indicando continuidade nas chuvas. No Vale do Aço, o acumulado esperado para o período de quinta e sexta-feira pode variar entre 40 e 60 milímetros, enquanto nas regiões mais ao norte do estado, como o Vale do Jequitinhonha e o Norte de Minas, os volumes podem ser ainda maiores. As autoridades recomendam que os moradores de áreas de risco se mantenham vigilantes e sigam as orientações dos órgãos de Defesa Civil.
