O governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações secretas na Venezuela. A revelação, feita pelo jornal The New York Times, indica que essa medida é mais um passo na escalada da campanha de pressão americana contra o governo de Nicolás Maduro. A autorização concedida à CIA, segundo o jornal, permitiria a realização de ações letais e operações militares no Caribe, com o objetivo final de remover Maduro do poder.
A história da CIA inclui o envolvimento em eventos de grande repercussão, como o golpe de 1964 no Brasil, a morte de Che Guevara e outras intervenções na Bolívia e no Chile. O New York Times, contudo, não pôde confirmar se a agência já estaria planejando operações específicas na Venezuela, sugerindo que as autorizações podem ser uma contingência em meio ao aumento da presença militar dos EUA na região. Atualmente, cerca de 10 mil soldados americanos estão mobilizados, a maioria em bases localizadas em Porto Rico.
A escalada de tensões ocorre no contexto do fim das negociações diplomáticas entre os governos americano e venezuelano, ordenado por Trump. O motivo da decisão seria a frustração com a "incapacidade" de Maduro em atender às exigências dos Estados Unidos para que o líder venezuelano renunciasse voluntariamente. A Casa Branca acusa o presidente venezuelano de liderar uma organização criminosa envolvida com o narcotráfico, chegando a oferecer uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua prisão e condenação.