O ex-deputado republicano George Santos, filho de brasileiros, foi libertado da prisão federal na madrugada deste sábado, poucas horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter concedido a ele um perdão presidencial. A informação da soltura foi confirmada pelo advogado de Santos, Joseph Murray, ao jornal americano "The New York Post". Santos estava detido desde julho, após ter sido condenado a sete anos de prisão por crimes como fraude e falsidade ideológica, e cumpria sua pena na Instituição Correcional Federal de Fairton, em Nova Jersey.
Uma ordem executiva assinada por Trump determinou a libertação imediata do ex-deputado. O advogado Murray comemorou a decisão, afirmando que "Uma grande injustiça foi corrigida" e exaltando o presidente americano em suas redes sociais. George Santos, que cumpriu pouco mais de um ano de mandato antes de ser expulso da Câmara dos Representantes em 2023, caiu em desgraça após se descobrir que havia mentido sobre grande parte de sua trajetória de vida e enganado doadores de campanha, admitindo ter cometido fraude eletrônica e roubado a identidade de pelo menos dez pessoas para financiar sua eleição ao Congresso.
Em sua justificativa para a comutação da pena, Donald Trump declarou em sua rede social que, embora Santos fosse "meio que um 'fora da lei'", outros indivíduos não são obrigados a cumprir sentenças tão longas. O presidente também mencionou que o ex-deputado havia passado longos períodos em confinamento solitário e foi, segundo relatos, "terrivelmente maltratado". George Santos, que em um acordo judicial aceitou pagar cerca de 580 mil dólares em multas, havia expressado profundo arrependimento pelos crimes em uma carta ao tribunal antes da sentença, embora a tivesse classificado como "severa demais".