Um homem de 42 anos, morador do bairro Jardim Vitória em Santana do Paraíso, foi vítima de um golpe bem articulado ao receber uma mensagem via WhatsApp de um número com prefixo de São Paulo. O golpista se passou por funcionário do Superior Tribunal de Justiça (STJ), usando inclusive a logomarca oficial no perfil, o que conferiu uma falsa credibilidade ao contato. O estelionatário convenceu a vítima de que estava acompanhando a liberação de uma indenização judicial definitiva no valor de R$ 4.500, enviando cópias de um suposto processo eletrônico como prova.

A fraude evoluiu quando o criminoso solicitou a confirmação dos dados bancários, conseguindo o número da conta da vítima no Santander. Sob o pretexto de que a conta não poderia ter saldo para o procedimento, o fraudador instruiu o homem a transferir todo o dinheiro disponível para uma conta de sua própria titularidade. Para simular uma etapa técnica, foi fornecida uma chave Pix, justificada como necessária para "confirmar a conta bancária no sistema interbancário". A vítima, ludibriada, realizou a transferência de R$ 2.358,43 para uma conta no PicPay. Assim que o valor foi enviado, o falso funcionário bloqueou o contato no WhatsApp e cessou toda comunicação, revelando a armadilha.

Casos como este se repetem com frequência na região, onde o estelionato por meio de falsos servidores públicos persiste. Recentemente, um morador de Ipatinga foi lesado em R$ 6 mil por meio de um esquema idêntico. As orientações das autoridades policiais e da Ordem dos Advogados do Brasil são claras: registrar boletim de ocorrência e acionar imediatamente o Mecanismo Especial de Devolução (MED) junto ao banco. No entanto, as queixas indicam que a recuperação dos valores transferidos é, na maioria das vezes, infrutífera.